sexta-feira, 20 de novembro de 2009

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma, para a eternidade.
Se isto é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

(William Shakespeare, Soneto 116)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Palavras ao vento agradece sua visita!
Deixem suas críticas e opiniões...
Voltem sempre

Lívia Franzoni